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quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Perdas
Há quem diga que o tempo cura todas as feridas, mas costuma ser pura ilusão. Afinal existem coisas que nem mesmo o tempo são capazes de amenizar. Existem dores que a cada dia que passa estão mais latentes, mais intensas.
O ano passa e ainda dói no íntimo do coração a dor da perda, o sentimento de impotência ainda martela na mente e ecoa na alma. Porque tal coisa perturba tanto?
Quem dera poder dizer que tudo se ajeitou, que as dores não machucam, que está tudo no lugar. Mas seria inútil tal afirmação, e mais, seria falsa.
Ah velhos tempo, saudades dos momentos juntos. Alegrias e até mesmo as brigas preenchiam uma lacuna, um espaço onde hoje se encontra o vazio.
Infelizmente nada do que se faça irá resolver, o que se foi não volta. Só resta contentar-se com o vazio que jamais voltará a ser preenchido.
Só resta lembrar. Lembrar em meio as lágrimas que instantaneamente rolam, mesmo alheia a nossa vontade perante tudo o que um dia existiu.
Voltar não há como, seguir a diante é preciso. Sorrir quando a vontade seja chorar, se erguer ainda que a vontade seja se manter no chão. Um dia ainda haverá um reencontro, até lá o coração ainda sangra.
Por Lu Couto Gamito
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