O tempo às vezes passa lento,
porém às vezes voa. E o mais incrível é que sempre parece não ser o suficiente
para tantas inquietudes, tantas buscas e nem para ficar só.
Esse desatino humano da
imediatidade, de quer tudo instantaneamente acaba causando uma perca do sentido
do que realmente se busca, o que realmente importa. Já não mais se enxerga com
exatidão. Mesmo no ensaio uma cortina venda os olhos, cega a alma, o espetáculo
da continuidade sai de cartaz e a coxia assombra pelo silêncio ensurdecedor.
Os atores protagonistas, ou não, do espetáculo do tempo se entreolham buscando a deixa para dar o seu texto,
texto esse que se apaga da mente diante da campainha que soa anunciando que o
espetáculo começará em instantes.
Os minutos e segundos se tornam
uma eternidade enquanto não se entra em cena. A angústia pela incerteza do
sucesso ou fracasso do espetáculo leva os atores a pensar em desistir. Mas
agora já não se pode mais voltar atrás e todos tomam seus lugares, todos estão
em suas marcações.
Enfim a cortina sobe e o espetáculo
começa. Todos deixam de lado o medo, as dúvidas, as incertezas e se jogam. Cena
após cena, choro após choro, luta após luta, amores após amores o espetáculo
vai chegando ao fim com a certeza de que cada um deu o melhor. Ao fim todos
aplaudem O Tempo, e o espetáculo é sucesso de público e crítica.
A cortina por fim desce e ainda
ecoa, junto ao pedido de bis, os aplausos do público extasiado diante de um
grande espetáculo. Mas o bis não será possível, pois O Tempo é espetáculo de
apresentação única, depois que se perde, não haverá uma nova oportunidade.
Por Lu Couto Gamito
Eu li uma vez que o tempo é relativo... As vezes a vida passar diante dos nossos olhos em alguns segundos ...
ResponderExcluirE as vezes parece que nos arrastam...
Temos que ter a atitude... Tá ruim? Vai passar... Tá bom? Aproveite o máximo...