Bem vindo à um lugar onde palavras ganham forma, sentidos, vozes. Onde um coração ganha voz e pensamentos voam além da mente.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Vida
A vida é mesmo difícil de ser compreendida, quando pensamos estar bem, vem logo algo pra nos levar ao chão. Tem coisas que nem precisam acontecer conosco para nos afetar. Como pode algo que acontece com alguém que não tem nenhum vinculo sanguíneo conosco nos afetar tanto assim? Creio ser a nossa condição de humanos que nos faz nos preocupar com outros, mesmo que às vezes nos “fingimos de egoístas”, nos preocupando apenas com nós mesmos e nossa família, sempre nos emocionamos com algo que acontece com os outros.
Estamos numa busca constante em ajudar ao próximo, mesmo sem perceber, pode não ser de forma concreta, mas em nossas orações. Quem que por diversas vezes não se emocionou com alguma tragédia que vimos passar nos telejornais? Que nunca se solidarizou com uma família que vimos no jornal perder tudo numa enchente? Que não fica com o coração apertado no peito quando ouvi a noticia de um desastre natural, como os tsunamis? Que não fica pensando naquela dor, naquele sofrimento, pensando que poderia ta acontecendo com algum ente querido?
Na grande maioria das vezes isso ocorre a quilômetros e quilômetros de distancia de nós, mas a nossa condição de humanos, o nosso coração pulsante, e não de pedra, nos torna próximos destas pessoas, ainda que em pensamento ou em orações.
Não sei por que me deu vontade de escrever este texto. Não sei por que me deu vontade de gritar para muitos que “fingem” dormir, diante de tanta dor e sofrimento, ACORDEM, a vida não espera por você. Talvez seja a minha necessidade de provar sempre, todos os dias, que a vida ta aí pra ser vivida intensamente e não apenas observada.
Por mais que não queira, ou talvez queira, me preocupo com os outros, não sou como muitos que fingem estar em um mundo perfeito e colorido, em que nada de ruim acontece, se você é desses lamento te acordar pra realidade. A vida infelizmente é feita de dor. Ou talvez seja felizmente, pois como diz o grande poeta Carlos Drummond de Andrade: “A dor é inevitável. O sofrimento é opcional”; portanto o sofrimento nos engrandece enquanto seres humanos.
O que nos resta então além de abrir nossos olhos e ver que o mundo ta aí? A dor e o sofrimento nos batem a porta. Não nos é permitido correr. Quer saber a resposta pra esta pergunta? Olhe para dentro de si, aí está a respostas de todas as perguntas que norteiam a sua vida. Se não as enxerga é porque não sabe olhar com os olhos certos.
Por Lu Couto Gamito
Meu hoje
Tanta coisa acontecendo eu não consigo assimilar todos os sentimentos em meu coração. Tudo parece está perdendo o sentido, não to aguentando mais sufocar os sentimentos no meu peito, quero explodir, mas não posso. Tudo parece ter saído de ordem, está tudo fora do lugar, sentimentos, pessoas, emoções, uma bagunça, tudo desordenado, e que parece não ter como voltar ao lugar, voltar ao prumo.
Que sono! Mas é um sono que não é dormindo que se passa, é sede de um sono em que os problemas sumissem e que quando acordasse nada de ruim restaria. Queria dormir e não mais lembrar que a realidade existe, que as pessoas não partem, que nosso coração não fica na boca com o medo da perda. A dor da incerteza e o medo da partida angustiam meu coração, me deixam impotente diante de tal possibilidade.
Oh vontade de me esconder, fugir de mim mesma, quero me libertar de algo que nem ao menos sei o que é, só sei que me sufoca. Mas de que me adianta querer fugir, se quando voltar vai estar tudo no mesmo lugar, de que adianta dormir se quando acordar a realidade vai está lá pra me lembrar de que não posso fugir.
Se existisse uma realidade alternativa em que as perdas, as dores, os medos, as tristezas não existisse eu queria estar lá, mas tal realidade não existe. Tem dias em que tudo parece não fazer sentido, em que você quer sumir do mapa, mas sumir pra onde? Onde se esconder do que te atormenta, se tal tormento está dentro de você mesmo?
Neste momento as palavras já não fazem tanto sentido, na verdade já não fazem o menor sentido, começo a dizer coisas sem nexo, coisas que são sem que e nem porque, mas o que dizer? Por mais palavras que busque já não as encontro para expressar tudo o que se passa em meu coração. Só dúvidas, medos, dores estão em meu coração. Nos olhos as lágrimas contidas na presença das pessoas, mas que rolam soltas quando me encontro só. Tento ser forte, preciso ser forte, ou ao menos aparentar fortaleza. Não posso permitir que vejam o quanto estou sofrendo, o quanto eu tenho medo, o quanto eu preciso de um ombro amigo pra chorar, não quero nem falar, mas ao menos, apenas chorar.
O que me resta agora? Esperar os segundo, minutos, horas e dias passarem até que tudo se ajeite. Mas e se não se ajeitar? O que vou fazer? Chorar? Gritar? Não sei. Tudo há seu tempo, mesmo que venha às nuvens e a chuva da dor, um dia o sol da alegria vai voltar a brilhar. E mais uma vez as lágrimas voltarão a serem sorrisos.
Por Lu Couto Gamito
Humanos
O tempo passa tão ligeiro que num piscar de olhos tudo se transforma. A vida cheia de meandros nos confunde a cada curva, não nos permitindo olhar novamente para o que nos aconteceu um milésimo de segundo antes.
Tudo tão inimaginado nos surpreende a cada instante, mostrando tanto quanto somos vulneráveis as nossas atitudes acertadas ou não.
Pensar que somos capazes de nos “virar” sozinhos é o maior de nossos erros. Quão tolos somos nós ao pensar que tudo gira ao doce sabor da nossa vontade.
Pobre de nós meros mortais que vivemos em função de querer nos tornar perfeitos, será que não aprendemos que tal tolice não nos é permitido? Tal busca nos faz-nos esquecer o que realmente nos é devido, o que nos faz não nos tornar perfeitos, mas humanos melhores: a alegria. A alegria de viver cada instante como se fosse o último de nossas vidas, tornando-os memoráveis, inesquecíveis.
Preocupando-nos com o tempo esquecemo-nos de que é o presente, não o futuro e nem o passado que interessa. Que cada palavra e gesto de carinho que falamos ou fazemos a alguém seja sincero e verdadeiro, pois pode ser o último. Que se arrependa de ter feito em excesso; que os “eu te amo” tenham alegrado alguém, e a você mesmo. Que não se arrependa por ter deixado de falar para alguém o quanto era importante para você, e nem se arrependa dos abraços e sorrisos que distribuiu.
Por Lu Couto Gamito
Doce e doída saudade
Quão fugaz é a vida, tudo se esvai num breve instante de piscar de olhos. Sorrisos transformam-se em lagrimas, e tudo já não tem o mesmo valor. Ah se pudéssemos prever as coisas, quão diferente não seria?
Ontem se ouvia de longe aquelas gargalhadas, casos do passado sendo relembrados,vivenciados por todos num flashback coletivo, mas com emoções tão vivas que parecia ter acabado de acontecer. Ah que doce saudade daquelas horas felizes que não voltam mais só a lembrança as guarda.
Hoje já não se vê o mesmo sorriso naqueles rostos que doravante estavam, foram encoberto pelas lágrimas, e no lugar som das gargalhadas felizes ecoa o silêncio ensurdecedor. Agora o que resta a fazer a não ser se lembrar da alegria de outrora?
A dor invade o peito de tal forma que as lágrimas chegam a nos afogar. Como seria bom se a história pudesse ser escrita e contada de forma diferente, mas não pode. O que dizer? O que sentir? Dizer, não diga nada. E quanto a sentir, sinta saudade.
Mesmo em meio à dor se recorde dos sorrisos, pois a dor não pode apagar as lembranças dos bons momentos vividos.
Por Lu Couto Gamito
A um passo do horizonte
Às vezes uma dor me invade o peito, por mais que eu tente não consigo saber de onde vem.
Procuro respostas, quando penso tê-las encontrado, mudam as perguntas e novamente volto ao marco zero e continuo a minha incessante busca por um norte, um porto. Quando me aproximo do farol, a luz se torna ainda mais distante, acabando por findar no infinito, abandonando-me na mais completa escuridão.
Num momento de quase desespero saio vagando sem rumo, a passos lentos na busca por um horizonte distante.
Por onde caminhar? Se quando penso ter encontrado o caminho certo, quando tenho a certeza se que se precisar voltar saberei onde pisar. Viro-me, olho para trás e vejo que o caminho foi apagado, que não há como voltar; volta à mente a pergunta que nunca se cala: E agora? Quando torno a olhar para frente vejo que novos caminhos se abriram, e mais um dilema: qual seguir?
Sinto-me trancada em um porão e no mesmo instante me transporto para um, deserto em busca da última gota d’água. São buscas incertas, palavras e sentimentos desconexos, procuro arduamente me encontrar, mas onde?
Em meio a tantas perguntas sem respostas, tantos medos, dores, labirintos, solidão, só me resta uma certeza: Dar um passo de cada vez num ritmo constante.
Por Lu Couto Gamito
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
É inexplicável
Hoje não sei o que aconteceu comigo. Fui tomada por uma sensação que não sei definir em palavras. Meu coração está pulsando diferente, é algo novo. Ah tempos não sei o que é sentir o coração pulsando desse jeito. Eu estou sentindo que algo estar pra acontecer,só não sei o que.
No meu dia o sol parecia ter um brilho diferente e até o cantar dos pássaros tava mais bonito hoje. Parece que explicar essas sensações não dão pra definir em palavras.
Acho que agora estou começando a entender o que se passa. Eu estou "crescendo", amadurecendo,e é algo muito bom. Sentimos uma força dentro de nós que antes não sabíamos ter, somos capazes de lutar com mais viemência pelos nossos sonhos.
Existe um brilho a mais em meus olhos, o brilho de saber que sou capaz de mudar a minha vida, de transformar medos em escadas para subir e alcançar o meu sucesso, de tornar ainda mais feliz os dias por saber que se eu quero eu posso.
Talvez "crescer"seja isso. Ser simplesmente você mais feliz.
Por Lu Couto Gamito
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