sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A um passo do horizonte


Às vezes uma dor me invade o peito, por mais que eu tente não consigo saber de onde vem.
Procuro respostas, quando penso tê-las encontrado, mudam as perguntas e novamente volto ao marco zero e continuo a minha incessante busca por um norte, um porto. Quando me aproximo do farol, a luz se torna ainda mais distante, acabando por findar no infinito, abandonando-me na mais completa escuridão.
Num momento de quase desespero saio vagando sem rumo, a passos lentos na busca por um horizonte distante.
Por onde caminhar? Se quando penso ter encontrado o caminho certo, quando tenho a certeza se que se precisar voltar saberei onde pisar. Viro-me, olho para trás e vejo que o caminho foi apagado, que não há como voltar; volta à mente a pergunta que nunca se cala: E agora? Quando torno a olhar para frente vejo que novos caminhos se abriram, e mais um dilema: qual seguir?
Sinto-me trancada em um porão e no mesmo instante me transporto para um, deserto em busca da última gota d’água. São buscas incertas, palavras e sentimentos desconexos, procuro arduamente me encontrar, mas onde?
Em meio a tantas perguntas sem respostas, tantos medos, dores, labirintos, solidão, só me resta uma certeza: Dar um passo de cada vez num ritmo constante.

Por Lu Couto Gamito

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