Bem vindo à um lugar onde palavras ganham forma, sentidos, vozes. Onde um coração ganha voz e pensamentos voam além da mente.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Meu hoje
Tanta coisa acontecendo eu não consigo assimilar todos os sentimentos em meu coração. Tudo parece está perdendo o sentido, não to aguentando mais sufocar os sentimentos no meu peito, quero explodir, mas não posso. Tudo parece ter saído de ordem, está tudo fora do lugar, sentimentos, pessoas, emoções, uma bagunça, tudo desordenado, e que parece não ter como voltar ao lugar, voltar ao prumo.
Que sono! Mas é um sono que não é dormindo que se passa, é sede de um sono em que os problemas sumissem e que quando acordasse nada de ruim restaria. Queria dormir e não mais lembrar que a realidade existe, que as pessoas não partem, que nosso coração não fica na boca com o medo da perda. A dor da incerteza e o medo da partida angustiam meu coração, me deixam impotente diante de tal possibilidade.
Oh vontade de me esconder, fugir de mim mesma, quero me libertar de algo que nem ao menos sei o que é, só sei que me sufoca. Mas de que me adianta querer fugir, se quando voltar vai estar tudo no mesmo lugar, de que adianta dormir se quando acordar a realidade vai está lá pra me lembrar de que não posso fugir.
Se existisse uma realidade alternativa em que as perdas, as dores, os medos, as tristezas não existisse eu queria estar lá, mas tal realidade não existe. Tem dias em que tudo parece não fazer sentido, em que você quer sumir do mapa, mas sumir pra onde? Onde se esconder do que te atormenta, se tal tormento está dentro de você mesmo?
Neste momento as palavras já não fazem tanto sentido, na verdade já não fazem o menor sentido, começo a dizer coisas sem nexo, coisas que são sem que e nem porque, mas o que dizer? Por mais palavras que busque já não as encontro para expressar tudo o que se passa em meu coração. Só dúvidas, medos, dores estão em meu coração. Nos olhos as lágrimas contidas na presença das pessoas, mas que rolam soltas quando me encontro só. Tento ser forte, preciso ser forte, ou ao menos aparentar fortaleza. Não posso permitir que vejam o quanto estou sofrendo, o quanto eu tenho medo, o quanto eu preciso de um ombro amigo pra chorar, não quero nem falar, mas ao menos, apenas chorar.
O que me resta agora? Esperar os segundo, minutos, horas e dias passarem até que tudo se ajeite. Mas e se não se ajeitar? O que vou fazer? Chorar? Gritar? Não sei. Tudo há seu tempo, mesmo que venha às nuvens e a chuva da dor, um dia o sol da alegria vai voltar a brilhar. E mais uma vez as lágrimas voltarão a serem sorrisos.
Por Lu Couto Gamito
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